sexta-feira, 1 de abril de 2016

Um mestre da escrita

As saudades que tenho dele. O Nobel da Literatura Gabriel García Márquez (1982) escrevia como poucos. Jornalista de profissão durante longos anos, dedicou-se mais tarde aos romances. E ainda bem. "Cem anos de solidão" será para sempre um dos livros que mais me marcaram. "O amor em tempo de cólera"; "Memória das minhas putas tristes"; "O General no seu labirinto"; "Crónica de uma morte anunciada" e mais e tantos mais...podia continuar porque tive o prazer de os ler a todos. Uma obra rica, de nos embrenhar numa leitura noite dentro, numa escrita tão clara, tão profunda e tão ágil.
 
Vou reler, em homenagem a este grande senhor das palavras, a sua autobiografia "Viver para contá-la", onde este colombiano de gema transforma a sua própria vida num romance de 579 páginas. E certamente serão poucas páginas para retratar a vida de um homem que marcou o século XX pelas suas histórias, análises e palavras. E um livro de leitura fundamental para melhor penetrar na sua vasta obra.

Em Portugal, a obra foi editada pela Dom Quixote.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Obra-prima


Acabei de reler uma das obras que mais marcou a minha vida literária, e não só, e não vejo livro melhor para inaugurar este espaço. "Os Miseráveis" de Vítor Hugo, o incontornável romancista francês do século XIX que retratava a sociedade da época, as injustiças sociais e a natureza controversa do ser humano. Com o título original "Les Misérables", a obra-prima é um clássico e marcou toda uma geração.
 
Sinopse: "Os Miseráveis conta a história de Jean Valjean um ex-presidiário que cumpriu 19 anos de pena num barco, o Gales, por ter roubado pão para uma família. Rancoroso e revoltado, quando é libertado tenta levar uma vida honesta mas o seu cadastro trava-lhe a hipótese de qualquer trabalho. É acolhido por um Bispo, que lhe dá a mão, sem o julgar. Mas certa noite, Jean rouba os castiçais de prata do santo padre e foge. Detido pela polícia, é levado até ao Bispo, que, num acto de nobreza, diz ter oferecido ao castiçais ao ex-presidiário. A partir daqui, o enredo faz-se de um cruzamento de personagens que vão entrando e saindo da vida de Jean sem saberem que este é o dono de uma fábrica que lhe deu fortuna. E ao longo da história o rancor do ex-presidiário vai dando lugar a um homem de afectos.
 
Outras obras: Do mesmo autor, recomendo vivamente "O Corcunda de Notre Dame" e "Os trabalhadores do mar". Em Portugal, Vítor Hugo é editado pela Editorial Minerva.

Livros meus


Sem quaisquer pretensões, proponho-me neste blog dar a conhecer alguns dos livros que marcaram a literatura de todos os tempos e, também, a minha vida. Tenho um gosto muito eclético. Na verdade, o que gosto mesmo é de palavras. Não há revista que não receba uma olhadela minha, não há livro que não me desperte, pelo menos, a curiosidade de o folhear. A contracapa, o cheiro, a sucessão de linhas carregadas de histórias e de mundos diferentes, alguns tão distantes, outros nem tanto. Tudo me fascina. Terei rubricas sobre livros da semana, sobre livros para férias, sobre livros para sempre. Espero estar à altura, sabendo desde já que neste mundo da literatura vivo numa corrida contra o tempo para conseguir ler, pelo menos, metade do que gostaria. Não chega a vida para tanto livro que gostava de cheirar e de espreitar.